A catequese dos três porquinhos
“Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.” (Mt 7,24-27.)
Palavra da Salvação!
Glória a vós Senhor!
Esse Evangelho nos mostra duas pessoas, um que pensou antes de edificar sua casa e outro que só foi construindo, não que esse segundo seja mal, mas somente imprudente ou mal orientado. Ora, pois se ele não vem de uma Família com um solo firme será bem mais difícil alicerçar a sua Família.
Penso nessas Famílias relâmpagos que estão surgindo do nada... “Que nenhuma Família comece em qualquer de repente!” assim começa a Oração pela Família. Será que temos tempo de pensar onde estão construindo a sua família ou o enfeite da igreja, a lista de presentes, o Buffet ou qualquer outra coisa é mais importante?
Sempre que penso nessas famílias estilo fast foot (começam e terminam rápido) lembro da historinha dos três porquinhos, e vendo o DVD do João Pedro dos três porquinhos, que por sinal eu não agüento mais assistir... Comecei a imaginar uma ponte entre esse conto e algumas situações que algumas Famílias passam.
Famílias de palhas, de madeiras e de tijolos.
A primeira, a casa de palha foi feita com muita rapidez, pois o porquinho não estava interessado em fortificar a sua casa, pois outras coisas eram mais importantes, ele trocou a sua casa pela diversão... e assim deixou sua casa de lado.
A segunda, a casa de madeira demorou mais um pouco para ficar pronta, mas seguindo o exemplo do primeiro porquinho que conseguiu “ergue” sua casa em tempo recorde, esse nosso segundo porquinho também não investiu, pois deixá-la forte também não era interessante para ele, ele já conseguiu uma casa agora era se divertir.
Enfim chegamos a terceira, a casa de tijolos, esse sim se esforçou e não se importou quanto tempo levaria para deixar sua casa forte, mesmo sendo ridicularizado pelos outros dois ele não se abateu, pois sabia da importância de edificar a sua casa.
No final todos sabemos o resultado desse conto.
Mas outro personagem chamou muito a minha atenção.
O Lobo.
Hoje quem seria o lobo que ronda a nossa casa? Poderia ser as drogas, alcoolismo, desemprego, traição, violência, são tantas coisas que hoje são como um lobo à nossa porta.
Se esse lobo tem força para assoprar uma casa porque ele não derruba a porta e entra?
O lobo não tem autoridade nenhuma de entrar na sua casa, somente se você deixar... a Família é de Deus, e por isso o lobo bate à porta e pede para entrar, se veste de cordeiro “... disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores". (Mt 7,15b), mas se não deixamos entrar ele não consegue passar pela porta.
Então ele tenta destruir sua casa para poder entrar e só terá êxito se na construção de nossa casa a edificarmos sem pressa e a construirmos sobre uma base firme, sobre uma rocha que é Cristo.
Caso contrário será como uma casa de palha ou de madeira...
A Família foi criada por Deus e Deus valoriza tanto a família que enviou seu Filho único para viver em família, até mesmo Deus não invade a nossa casa... "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo". (Ap 3,20)
Por tanto é uma decisão sua quem entra na sua casa, se é Deus ou o lobo. Assim também como será ou é feita a sua casa, palha, madeira e tijolos e principalmente sobre o que está edificada areia ou sobre a rocha.
Com tudo isso você poderá responder a pergunta que a Campanha da Fraternidade de 1994 fez a todos os cristãos: A Família, como vai?
Desde 1994 já se passaram 16 anos, será que já conseguimos responder essa pergunta?
O tempo passa muito rápido. E não podemos ficar assistindo como meros expectadores. a família pede que sejamos protagonistas,
"Estava à toa na vida o meu amor me chamou, pra ver a banda passar, cantando coisas de amor..."!
Uma família unida é como essa Banda que canta canções de amor, lindas de se ouvir que faz todos parar para admirar... Mas não podemos ser esse sujeito dessa música, não podemos ver a nossa família passar... temos que estar junto afinados ou desafinados, mas tocando músicas de amor com o nosso dia-a-dia.
Aí quando nos perguntarem: A Família, como vai?
Responderemos: “Escute e veja!”
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Para sempre seja Louvado!
Marquinho
Alves
15 de Novembro de 2010
